Origem da Estamparia

  Origem da Estamparia

(Linho do Antigo Egito) estamparia em tecido
(linho do antigo Egito)

Introdução:

   O homem, através da história, busca sua identidade cultural e comportamental, primeiramente através do design que nada mais é do que valor estético. Desde cedo observando a natureza, o homem aprende e absorve com naturalidade a beleza e harmonia de composição de cores formas e texturas. Da pré-história, passando por povos e civilizações a ênfase ao belo está presente nas mais diversas culturas. Para falarmos dos primeiros tecidos e suas origens, precisamos ter em mente a correlação homem – estética e moda-design.

   A civilização fenícia foi de comércio marítimo relevante para a história. Incorporou a cultura do Egito e Mesopotâmia e espalhou-a pelo Mediterrâneo, do Oriente Médio até a Península Ibérica. Abordo aqui apenas uma pincelada dessa rica civilização que deixou um grande legado histórico para falar sobre a origem da estamparia e comentar a difusão das estampas pela Europa e Ásia.
Origem da estamparia em tecido
Os fenícios produziram os primeiros tecidos estampados, utilizando o método de estamparia em blocos de madeira entalhados (atualmente conhecido como serigrafia). Existem referências de estamparia nesse processo sobre o linho, durante a Idade Média. Outro método utilizado era o estêncil. Devemos enfatizar também a tecelagem trabalhada em fios de diversas cores, formando estampas, além de bordados em cores ricas e vibrantes.

    A Índia era mestra na arte da estamparia e seus produtos superavam o dos persas e egípcios. Pesquisas históricas revelam que estampas usando serigrafia sobre linho foram encontradas por arqueólogos em tumbas egípcias de 8.000 anos.

Difusão das Estampas na Europa

    A partir do ano 1000 Veneza estabeleceu sua posição como porto de difusão de mercadorias entre o leste e o oeste e os tecidos estampados começaram a ganhar força na moda europeia. Veneza dava prioridade à importação de seda e tecidos preciosos.
Origem da estamparia em tecido
A seda do século XV e XVI era cobiçada, pois refletia especialmente para os espanhóis, símbolo de riqueza. Apesar dos centros têxteis europeus, os tecidos orientais exerciam forte atração sobre os países ocidentais: musselina de seda e ouro de Mossul, tecidos adamascados com padronagens de Damasco e Pérsia, sedas badalchino decoradas com pequenas figuras, tecidos da Antioquia com pequenos pássaros dourados e azuis sobre campos vermelhos ou pretos.
    Os tecidos orientais eram muito apreciados por sua perfeição técnica. Com a expedição à Índia no século XVII, os tecidos estampados ficaram conhecidos como os “indianos”. Inicialmente foram utilizados em decoração e em seguida incorporou-se a moda com padrões que se tornaram verdadeiros ícones de épocas passadas e até hoje em pleno século XXI.
Texto Introdução e pesquisa Thereza Frezza Fontes: Wikipédia a enciclopédia da Internet www2.uol.com.br - estampas Moda Brasil www.feb.unesp.br estamparia Foto tecido indiano: freepik